Resultados
positivos da defesa agropecuária no Pará foram relatados durante o 38º Encontro
Ruralista realizado em no último dia 20 de novembro, no auditório da Federação
de Agricultura (Faepa), em Belém, por ocasião da palestra ministrada pelo
diretor geral da Agência de Defesa Agropecuária (Adepará), Mário Moreira. Ele
fez o anúncio de que o foco da Mosca da Carambola no Pará, na região de
Almerim, está erradicado. Outra informação destacada trata-se de que o
Pará será declarado livre da febre aftosa no início de 2013 e, até maio do
próximo ano o Estado receberá o status internacional por estar livre da doença.
Mário
Moreira ressaltou que para mudar o status sanitário e transformar o Pará em um
estado livre da doença, é preciso um intenso e longo trabalho no combate a
aftosa, fato que ocorreu nos últimos dois anos. “Até o começo do ano que vem o
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) vai declarar o Pará
como Estado livre da febre aftosa”, declarou.
Segundo
o diretor da Adepará, o anúncio será feito em bloco, juntamente com os estados
do Piauí e Maranhão, pelos representantes do Ministério, Ênio Marques e
Guilherme Marques, respectivamente Secretário Nacional e Diretor de Defesa
Agropecuária.
Preparando a palestra |
Moreira
explicou que primeiro foi o sul do Estado, que confirmou o status livre da
aftosa. O segundo momento de transformação, entretanto, envolveu as regiões
do Marajó, norte e nordeste do Pará, consideradas como região de médio risco e
as áreas de alto risco do oeste do Pará, que fazem fronteira com os estados do
Amapá e Amazonas.
Atingir
o status de zona livre de febre aftosa é uma meta do Governo do Estado e dos
produtores rurais das regiões nordeste, oeste e do Marajó, que vêm perseguindo
esse título há mais de 10 anos.
“Estados
como o Maranhão e Piaui, por exemplo, possuem respectivamente cerca de 8
milhões e 5 milhões de cabeça de gado. Se o Pará, que é fronteira com a
região Nordeste do país, não oferece o devido tratamento a defesa agropecuária,
corre-se o risco de prejudicar toda uma economia interestadual e nacional, por
isso, todo cuidado é pouco. A defesa agropecuária é fundamental para uma
economia competitiva de um estado e, consequentemente, do Brasil. A
responsabilidade é grande”, ressaltou Mário Moreira.
O
diretor relatou aos presentes que para livrar o Pará da aftosa um total de 28
itens de exigência tiveram que ser cumpridos na íntegra por determinação do
MAPA, entre os quais, a execução da fiscalização de serviços veterinários e a
garantia da aplicação adequada de cerca de 2 milhões de doses de vacina. Também entre os itens avaliados estão o controle de trânsito,
epidemiologia, controle de revendas e funcionamento
dos escritórios das agências de defesa sanitária.
A
expectativa é de que os trabalhos se encerrem no mês dezembro deste ano, quando
o relatório final será encaminhado a ‘Organização Mundial de Saúde Animal’,
órgão máximo da sanidade animal e responsável pela certificação de ausência de
doença dos animais, para apreciação das comissões científicas a homologação na
assembleia geral em maio de 2013.
Estar
com o status livre da febre aftosa melhora muito a exportação de carnes, atrai
novos frigoríficos e permite aos municípios das regiões produtoras levarem
animais de alta genética para qualquer exposição. “Fizemos o nossa parte. As
equipes foram a campo, investimos em logística e obtivemos resultados, agora, o
que falta é pura burocracia”, enfatizou Moreira.
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