INTERCAMBIO BILATERAL BRASIL E FRANÇA
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Comitiva Brasileira e Francesa |
Foi realizado na França nos dias 14 a 18 de novembro, o Protocolo de Cooperação Franco-Brasileiro, que trata sobre Indicações Geográficas (IG), Marcas de Qualidade e Legislação Higiênico-Sanitária de produtos agropecuários entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento da República Federativa do Brasil e o Ministério da Agricultura, Alimento, Pesca, Ruralidade e Gestão Territorial da França. Evento de grande porte que teve como convidados do Brasil: a Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará), Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Ministério Público Federal (MPF), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e outros órgãos interligados.
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Os selos de qualiade e origem. |
Objetivo do intercambio é fazer trocas de experiências e conhecimentos técnicos sob influência da União Europeia e francesa, destacando como os selos de qualidades fazem a diferença. “A França valoriza muito o selo de qualidade, cada produto é especificado: selo de qualidade, selo de super qualidade, selo de agricultura natural. Tem selo que liga a origem ao produto. Selos ligados ao Saber Fazer, ou seja, região que faz muito bem uma coisa. Selos ligados à agricultura biológica e orgânica, cada um com suas identificações”, conta o diretor geral da Adepará, Mário Moreira. Reconhecer o produto pela marca, sua origem e certificação, traz valorização aos alimentos agropecuários. Desta forma, o consumidor tem a garantia de ter em sua mesa um alimento saudável e seguro. No Pará, tem poucos selos, um deles é o Sistema de Informações Fiscais (SIF), e também o Serviço de Inspeção Estadual (SIE), praticado pela Adepará.
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Queijo certificado gera mais lucro. |
Essa relação bilateral Brasil e França, trouxe resultados positivos ao Pará, pois a Agência de Defesa pôde trazer todo o mecanismo de valorização de produtos agropecuários, e com objetivo de criar essa tecnologia de selos, portanto, brevemente serão adotados no Brasil. Será implantado o selo de qualidade do queijo do Marajó, que é ligado à origem (ilha), onde tem o Saber Fazer, que poderá ser reconhecido em qualquer lugar pelo o queijo de búfala, por ter alta proteína e que é produzido de pasto natural. “Vamos agregar valor nesse queijo, vender no mundo inteiro, o produtor vai ganhar mais e quem enriquece é o Pará”, afirma Mário.
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Carne certificada é mais atrativa para o mercado exportador. |
Adepará está buscando estrutura para fazer com que o boi criado em área que não seja desmatada, boi que somente come pasto natural, tenha um selo de qualidade também, vai ser O Boi Verde da Amazônia Criado Somente com Pasto Natural, no qual será agregado valor a esse boi, onde vai ser vendido ao mercado europeu, asiático, Oriente Médio. A Adepará juntamente com o MDA, está querendo programar o selo para a agricultura familiar (o que for produzido pela agricultura familiar vai ter um selo), com esse selo cria um valor em nível de mundo. Outro ponto importante da viagem que além de conhecer e aprender de como é feito esse selo, sendo reconhecido e certificado pelo o Ministério da Agricultura, Ministério das Finanças e o Instituto Nacional de Origem e Qualidade de Produtos (Inaor). É que, através dessa experiência, o Brasil pôde prestigiar o que está sendo feito no continente europeu, e assim, buscar qualidade nos produtos paraenses como a carne, queijo, açaí, tucupi e afins.
Em nível de Brasil, com relação à Indicação Geográfica, somente o Pará e Minas Gerais estavam representando o país: Minas, por causa do queijo frescal, e o Pará, por causa do queijo Marajó e boi orgânico.
Todos os dias foram produtivos. Primeiro dia, o assunto foi como funciona o Ministério da Agricultura da França, depois sobre o Ministério das Economias e Finanças da França (controla os selos de qualidades), a tarde foi sobre o Inaor (produz selos). Visitaram e conheceram como é feito as medidas sanitárias.
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Somente produtos de qualidade são certificados. |
A França é a grande produtora de leite, onde os convidados estiveram o prazer de conhecer A Casa do Leite. Foram também nas câmaras setoriais de agricultura da França, exatamente para ver como funciona todo o processo agrícola. Conheceram certificadoras privadas, que são fiscalizadas pelo o Ministério. Foram cinco dias intensos de muito conhecimento e diversos conteúdos agropecuários.
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A casa do leite. |
O mais importante do retorno desse embate, foi trazer ao Pará o próximo encontro mundial de Indicações Geográficas de selos de qualidades, ano que vem. “Até lá estaremos com selos de qualidades do queijo do Marajó, do açaí, boi verde, selo de qualidade de uma série de produtos agropecuários que não existem no Brasil. Nós vamos dá qualidade, agregar valor, e fazer com que o nosso produtor ganhe muito mais que isso”, garante o diretor da Adepará.
A Adepará junto com o Governo de Estado e Ministério da Agricultura estão com todas as perspectivas de criar a política europeia e certificar todos os alimentos agropecuários para serem valorizados e reconhecidos no mundo inteiro.
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Queijos prontos para exportação. |